Arquivo de Agosto 2014

A tragédia dos filhos órfãos de pais ainda vivos

Agosto 13, 2014

por Felipe Aquino

É tão importante a pessoa do pai na vida do filho, que o próprio Filho de Deus encarnado quis ter um pai (adotivo) na Terra. Jesus não pôde ter um pai natural neste mundo porque não havia homem capaz de gerar o Verbo encarnado; então, o Espírito Santo o gerou no sei puríssimo e virginal de Maria Santíssima.Texto de Felipe Aquino

Mas Jesus quis ter um pai adotivo, nutrício, neste mundo; e escolheu São José, o glorioso patrono da Igreja, como proclamou o Papa Pio IX, solenemente, em 1870.

Quando José quis deixar a Virgem Maria, no silêncio da discrição de sua santidade, Jesus mandou que imediatamente o Arcanjo da Anunciação, São Gabriel, logo lhe dissesse em sonho: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua esposa, porque o que nela foi gerado é obra do Espírito Santo” (Mt 1, 20). E a José coube a honra de dar-lhe o nome de Jesus, no dia de sua circuncisão (Mt 1, 21).

Jesus viveu à sombra protetora do grande São José na vila de Nazaré e carpintaria do grande santo. O povo o chamava de “o filho do carpinteiro”. José o protegeu da fúria de Herodes; o levou seguro para o Egito, o manteve no exílio e o trouxe de volta seguro para Nazaré. Depois partiu deste mundo nos braços de Jesus quando terminou a sua missão terrena. A Igreja o declarou “protetor da boa morte”.

Ora, se até Jesus quis e precisou de um pai neste mundo, o que dizer de cada um de nós. Só quem não teve um pai, ou um bom pai, deixa de saber o seu valor. Ainda hoje, com 57 anos de idade, me lembro com saudade e carinho do meu pai. Quanta sabedoria! Quanta bondade! Quanta pureza! Quanto amor à minha mãe e aos nove filhos!… Ainda hoje com saudade é alegria me lembro de seus conselhos sábios.

O pai é a primeira imagem que o filho tem de Deus; por isso Ele nos deu a honra de sermos chamados pais; pois toda paternidade vem do próprio Deus. Muitos homens e mulheres não têm uma visão correta e amorosa de Deus porque não puderam experimentar o amor de seus pais; muitos foram abandonados e outros ficaram órfãos.

Mas o pior de tudo, é a ausência dos pais na vida dos chamados “órfãos de pais vivos”; e são muitíssimos. Muitos e muitos rapazes têm gerado seus filhos, sem o menor amor, compromisso e responsabilidade, buscando apenas o prazer sexual de suas relações com uma moça; que depois é abandonada, vergonhosamente, deixando que ela “se vire” para criar o seu filho como puder. Quase sempre essas crianças são criadas com grandes dificuldades; o peso de sua manutenção e educação é dividido quase sempre com a mãe solteira que se mata de trabalhar e com os avós que quando existem, fazem o possível para ajudar.

Mas a criança é criada sem o pai; a metade de sua educação podemos dizer que está comprometida; pois ela nunca experimentará o colo e os braços de um verdadeiro pai que a embale. Isto tem sérias consequências na vida dos jovens e adultos. Muitos deles, os mais carentes, acabam nas ruas e na marginalidade do crime, assaltos, roubos, drogas… cadeia.

Não é à toa que mais de 90% dos presidiários são jovens entre 18 e 25 anos. É verdade que muitos desses jovens tiveram um pai a seu lado, mas também é verdade que muitos deles não conheceram este homem, que os deveria ter criado.

Normalmente um filho que tem um bom pai, amoroso, trabalhador, dedicado aos filhos e à esposa, não se perde nos maus caminhos deste mundo.

Por isso tudo é lamentável o constatou o Papa João Paulo II em sua última viagem ao Brasil em 1997. Falando aos jovens no Maracanã, ele disse que por causa do “amor livre”, “no Brasil há milhares de filhos órfãos de pais vivos”. Que vergonha e que dor para todos nós! Quantas crianças com o seus futuros comprometidos por que foram gerados sem amor e abandonadas tristemente.

Sem um pai que eduque o seu filho, a criança não pode crescer com sabedoria, fé, respeito aos outros, amor ao trabalho e a virtude… Deixar uma criança sem pai, estando este vivo, é das maiores covardias que se pode perpetrar contra o ser humano inocente que é a criança.

Hoje, infelizmente, com o advento da inseminação artificial e clinicas de fertilização, há uma geração de jovens que não conhecem os seus pais, pois muitos foram gerados por um óvulo que foi inseminado artificialmente pelo sêmen de um homem anônimo. Esses jovens não conhecem a metade de sua história e não têm uma verdadeira família. Como será o futuro desta geração de jovens? Não é à toa que a Igreja católica é contra a inseminação “in vitro”.

Lançamento: “Os Ventos Gemedores”

Agosto 13, 2014

Convite Os Ventos Gemedores (2)

Nossos pais

Agosto 11, 2014

por Saulo Krichanã Rodrigues

Porque eles nunca nos deixaram de amar, apesar de nossas zangas;
Porque eles nunca nos deixaram de afagar, ainda que com eles brigássemos;
Porque eles nunca nos deixaram de animar, quando já tínhamos cansado;
Porque eles nunca nos deixaram de querer, nem quando os deixamos sós.

Porque eles nunca quiseram o nosso mal, nem nos deixaram chorar sem um consolo;
Porque eles nunca nos deixaram partir, sem que nos dessem um beijo;
Porque eles nunca nos deixaram de falar, nem quando não quiséssemos ouvi-los;
Porque eles nunca nos deixaram sair das suas vidas,

No entanto, de alguma forma (que eu não sei bem) como,
Eles parecem estar aqui, em todo o canto e gesto: são sempre onipresentes;
Nem que seja neste perfume de vida que, nos domingos, exala.

Devem estar ao lado dos anjos da guarda que nos ensinaram a crer;
Ou na brisa que, de repente, o nosso nome parece ter chamado;
Bendito sejam eles: nos dias que só existem, porque por suas lembranças, jamais ficarão vazias, as nossas vidas.

NOVAS TROVAS

Agosto 6, 2014

Por Francisco Miguel de Moura

 Qual o segredo da trova?

Não sei, ninguém saberá,

Visto que ela se renova

No “dois pra lá, dois pra cá”.

Saudade é coisinha boa

Se o amor não se demora,

Pois logo a saudade voa

E acaba o peso na hora.

Minhas mãos são vagarosas,

Meu pensamento é viageiro,

Pensando agarrar as rosas,

Pego os espinhos primeiro.

Não fico triste por isto,

Pois há tempo não escrevo.

Faço, risco e me despisto:

Um castigo que não devo.

Beber nunca foi preciso,

Senão amor e poesia,

Na mulher e seu sorriso,

Toda a noite e todo o dia.

Não sei o que há comigo,

Às vezes me dá horror,

Se amo, penso em castigo,

Se odeio, penso em amor.

Quem abraça com carinho,

Bem apertando nos braços,

Bebe uma taça de vinho,

Do mal espanta seus laços.

Não percamos nossa fé

Por qualquer coisa que venha,

A virtude não dá ré,

Quando o fogo acende a lenha.

Acostumado ao soneto,

Sinto-me um pouco amarrado,

Não ponho os olhos no teto:

Medo de ser apanhado.

São bem fracas minhas trovas,

Poderiam ser melhores,

Com filosofias novas

E o arco-íres nas cores.

 

Turismo de Portugal considerado melhor organismo oficial do sector na Europa

Agosto 6, 2014

O Turismo de Portugal venceu os World Travel Awards 2014, também conhecidos como ‘Óscares do Turismo’, na categoria de melhor organismo oficial de turismo europeu. A entrega do prémio da 21.ª edição dos World Travel Awards decorreu no sábado, em Atenas, na Grécia.

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Torre de Belém, Lisboa, Portugal

A eleição, que distingue o Turismo de Portugal de entre os restantes dez nomeados à categoria de melhor organismo oficial de turismo europeu, surge como resultado de uma votação em que participaram milhares de profissionais do sector, oriundos de todos os países do mundo, refere o Turismo de Portugal, em comunicado.

Segundo aquele organismo, Portugal, que já tinha ganho esta categoria em 2008, concorreu com os organismos oficiais da Grécia, Áustria, França, Alemanha, Espanha, Itália, Turquia, Reino Unido e Inglaterra.

Para o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, o prémio “é um motivo de orgulho, porque reconhece o trabalho desenvolvido pelo Instituto”.

“Termos ganho este prémio em concorrência com reputados congéneres dos países nossos concorrentes valoriza ainda mais esta distinção e coloca-nos perante uma responsabilidade acrescida: a de continuar a fazer de Portugal um destino turístico de excelência”, considera ainda o mesmo responsável.

Os World Travel Awards começaram a ser atribuídos em 1993, reconhecendo o trabalho desenvolvido na área da indústria turística a nível global, de modo a estimular a competitividade e a qualidade do Turismo.

A seleção dos nomeados é realizada à escala mundial por milhares de profissionais do sector, que todos os anos escolhem os seus favoritos.

Fonte: Dinheiro Vivo e www.camaraportuguesa.com.br/default.asp?id=13585